quinta-feira, 19 de abril de 2012

Animaizinhos - atributos fofos e queridos . . .

Adoro as nossas expressões que colorem toda a nossa comunicação verbal, oral ou qualquer outro nome técnico que vós quereis enaltecer. Matagal, mato, selva, floresta, monte de feno, lã . . . só para designar "muita pilosidade ou excesso de pelo ou cabelo". 
A ajuntar ao vasto leque de palavras da Natureza, não se pode deixar de parte, dos animais e designações referentes a animal que se utiliza para as pessoas, bicho, animal, suíno, besta, cavalgadura - que ainda hoje não exactamente que animal é! -, quadrúpede, enfim, mais um cem número de outras expressões que não me ocorrem de momento.
Lembremos-nos agora da animalada propriamente dita, que usamos carinhosamente . . . ou nem por isso . . . para elogiarmos . . . ou nem por isso . . . todas as pessoas que causam o melhor impacto . . . ou nem por isso . . . ao se cruzarem na encruzilhada redundante da nossa vida, cão, cadela, ovelha - negra ou tresmalhada . . . - cabra, cabrão - que se entenda, bode grande! - vaca - louca, ou outras coisas . . . -, boi, égua, cavalo, pulgas, galinhas, galo, minhoca, burro, mula, ameba, porco, porca, reco, entre outras foufuras com ou sem diminutivos.
Para completar a miscelânea, no que refere a verbos, temos, entre outros, catar, pastar, bugiar, grunhir, mangar, indrominar, cuscar, micar, etc. etc. etc.  
Agora o momento varinha mágica e . . . TCHANÃÃÃ . . . que chegámos ao momento filosófico, mais propriamente, silogismo.
Blá, blá, blá, sou um bicho do mato mato, blá blá, blá, quando levantaste o braço. . . plo mato que tens no sovaco . . . 
Agora vai ter que ser com calma, porque isto é complicado e qui sa obtuso!
Então, se eu sou um bicho do mato, se eu tenho mato no sovaco, então eu sou um bicho do mato do sovaco!
Para as situações em que o discurso descamba para aquele tom inconfundível do,  e alguém diz: "VAI TE CATAR!!!!" ao que é respondido: "NÃO TENHO PULGAS!!!!!" ao que o outro vai retorquir: "NÃO SEJA LÁ POR ISSO, TENS BOM REMÉDIO . . . VAI-TE ENCHER DE PULGAS, OH . . . PALHAÇO!!!".
. . . mas ainda estou para perceber o que é ir bugiar . . .
Isto começa a ficar preocupante . . . deu-se-me uma branca!!!
Será que virei uma ameba da criatividade ou uma cavalgadura das eurequíssimas ideias?
Mas voltando à razão que me trouxe aqui, e porque não à "vaca fria" . . . esta última soa a piada de talhante ou do departamento de medicina legal . . . "Ora vejamos o que temos aqui . . . sim senhor, belo par de tetas! . . . que belo naco! . . . mas coitada . . . tanto marrou, tanto marrou que lhe deram cabo dos cornos . . .". 
Mas alguém me explique porque é que chamam osga aos amados, ou às amadas "És mesmo uma osga . . .", agora imaginem se neste par amoroso ele é uma libelinha . . . quais serão as hipóteses deste relacionamento funcionar, ou ela muda de hábitos alimentares ou ele já era . . .
Mas o caso do cabrão é assim uma coisa que dá que pensar, então vejamos, o cabrão é o maior do bairro, é grande, possante,distinto, providenciador das melhores linhagens genéticas, por onde passa nunca passa despercebido, mas . . . "este gajo é um grande cabrão!", o melhor par para este desprezível e vil pessoa seria, presumivelmente a ovelha negra, não desprezando a cabra montez. . .
Mas, moral da história, a porca não precisa de se cruzar com um porco, basta que tome banho regularmente. No caso da égua ou do cavalo, basta que lhe mantenham a rédea curta. Para o cão basta que lhe ponham um açaimo ou lhe dão um ossinho duro de roer , para a cadela ou lhe dão a pílula, ou laqueiam as trompas . . . em último caso tomam um antidepressivo para acalmar o cio. Para a mula, coloquem-na a trabalhar num Mac qualquer em hora de ponta, que é vê-la a mexer-se.
Enfim, há solução para tudo, em todo o caso não sejam nenhum destes animaizinhos fofos queridos . . .

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