segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Em Tempos de Crise Porque é Que a Cagança e a Arrogância Não Entram em Crise

Estou deveras chocada com a situação social em Portuga!!!
É sabido que existe uma praga mundial que se chama CRISE, mas existem outras pragas anteriores a esta e que ainda ninguém se dignificou de extinguir - ATENÇÃO: eu sou a favor da preservação da Natureza e contra a violência, por isso é que sou contra esta praga de gente . . . é que a existência destas coisas já é por si só é um atentado, uma violência!!! - mas continuando, estou a falar de gente com atitude de novo rico, pedantes com a mania que são importantes e que valem alguma coisa, e ainda por cima têm a mania que são gente!!! Credooooo!!!!!!!!!!
Então foi assim:
Estava eu na praia da Fonte da Telha, uma praia que eu diria uma lamela da verdadeira sociedade portuguesa, ricos, menos ricos, remediados, gente mais humilde, várias raças, enfim uma variedade a partilhar em paz e sem preconceitos o mesmo local. NADA MAIS ERRADO!!!! . . . mas já lá vamos.
Desalapo o rabiosque da toalha ensopda e preparo-me para me meter à estrada. Heis que me deparo com uma bicha de carros - sim, porque eu sou do tempo em que bicha era fila!!! - que eu diria, uma coisa do outro mundo. Pego nos calcantes e pés a caminho para satisfazer a restante curiosidade, uma vez que parte dela foi satisfeita por um simpático e bem disposto senhor, que aguardava pacientemente com a sua família, o mesmo que as restantes dezenas de pessoas que já bufavam pelos olhos de tanto esperar às 7 da tarde.
Continuei a caminhar até chegar ao que põe todo e qualquer português parado ao calor: problemas com o trânsito!!! - não há espectáculo mais lindo para se ver!!!
Continuo a andar até me dirigir para a beirinha da água e matar as imensas saudades de passeios pedestres à beira da água - melhor ainda se estiver vestida - e assim me meti com a água pelas canelas e a molhar o que tinha vestido. Juro, soube a maravilhas!!!
Andei, andei, andei e a fila ainda lá continuava uma hora depois!
Bonito! . . . troco duas ou três frases com as pessoas que alí estavam paradas, treco-lareco alto e bom som ao telemovel para todas as pessoas ouvirem a interessante conversa que eu estava a ter - sim, há que preservar o lado caramelo ou a coisa perde a graça! - e dirijo-me para o bar Bambu. Entro no local e a simpatia do tipo que estava a atender ao balcão era tal - um limão verde era mais doce! -, que até o meu "boa tarde" se recolheu com medo, ficando onde estava, na cabeça. Perguntei se serviam refeições e a pessoa respondeu dizendo que o colega já lá ia à mesa. Muito bem. Posto isto sentei-me e esperei, esperei, esperei, esperei e continuei a esperar um pouco mais, até que pedi à moçoila que estava a servir e pedi uma tosta de frango, para a qual, disse-me, que eu tinha que esperar entre meia a uma hora, porque só havia uma senhora na cozinha - para cozinhar para umas 20 pessoas . . . assim como assim, a bicha ainda estava para durar!
Ora, no meio disto tudo, olho para a minha volta e na mesa ao lado da minha heis que estão 3 - como é que eu hei de classificar aquilo? - . . . pronto, pessoas . . . ele muito giro, elas as duas muito giras, pronto gente gira, muito bem - o pior vem a seguir!
A imagem mais fiel é estilo Idade Média, em que a nobreza perdia o dinheiro, só não perdia a pose, mas estes eram estilo gozões, a disparar bocarras de merda para o ar; elas não tinham ar afectado, mas sim descontraidamente cagonas arrogantes; ele com pinta de menino mimado, que de vez em quando cai da pose e que se lhe deram de vez em quando um "tau-tau", ele não diz que não . . . já estou mesmo a ver, este é mais p . . . e vinho verde, mas na presença das meninas . . . é menino bem!
Bem, mas esta gente não tinha limites! . . . cada vez que abriam a boca  . . . Ai Jesus!!!!
Com tanta mesa ali à volta, tinha de me sentar na pior!!! . . . Já para não falar da empregadita - coitada - limpa muito mal e porcamente a minha mesa - que escolhi estratégicamete por estar mais perto da porta de saída -, que estava cheia de coisas, e deixa lá a bandeja, mas agora carregada com tudo o que estava na minha mesa e o que nela já existia. Momento maravilhoso . . .
Mas a recompensa chegou e consegui lá me fui abstraindo de tanta, nem sei que nome dar . . . devo estar a perder qualidades! 
Bem, após me deliciar levanto-me para pagar ao que ouço - naquele tom doce de limão verde -, "acho que a senhora quer pagar", quase me arrepiei de emoção . . .
A quantidade de pessoas que conheci que tinham cargos realmente importantes e que são se uma humildade e simplicidade imprecionantes, que dão chapadas sem mão a estas pragas e coisas desse género!!!
Em tempos de CRISE, porque é que a cagança e arrogância, curiosamente, é que não entram em crise???

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