quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Apagão Estratégico

Pois bem, e deu-se um apagão.
Decidi poupar-vos das minhas misérias humanas, das misérias de que todas as pessoas sofrem e eu a julgar-me mais do que elas!!!
Ora, se quando comecei a escrever neste blogue foi para me divertir e partilhar com os demais tudo o que me faz rir - que continua a ser das melhores coisas que se pode fazer na vida, para além de outras coisas. . . - porque hei de corromper o meu magnífico espaço intelectual, para o mundo ler, com os meus dramas pessoais?
Sim, continuo com uma vida que não se inveja, carregada de lágrimas e depressões transitórias e tantos outros problemas escondidos por detrás de um rosto lindo - com marcas da idade :( - e corpinho de manequim do século XVI.
Obviamente que estou possessa com uma série de acontecimentos desastrosos na minha vida, mas o facto de estar viva, ena! ena! que bom!!!
Ok, já me estava a deixar ir pelo meu verdadeiro estado de espírito que ninguém está menormente preocupado ou minimamente interessado!
Bem, mas apeteceu-me fazer uma tentativa de algo a que se parecesse com qualquer coisa que parecesse algo cómico, mas está a falhar redondamente!
A minha inspiração está obstruída . . . estou com falta de inspiração . . . deve ser da constipação que todas as pessoas devem ter neste momento . . .
Credo!!! . . . não me digam que se criou esta constipação para se vender anti-qualquer coisa que exterminará esta nova vaga de constipações!!!
UAU! Ainda não tinha pensado nisso! . . . como o Verão está para durar após algumas mini-tempestades, há que vender-se qualquer coisita, porque o escândalo das vacinas para a gripe abalou por completo com o orçamento e receitas do ano passado! . . . o crime não compensa e as fraudes também dão prejuízo, mas como o mundo não acabou. . . dá-se mais um empurrãozinho à coisa!
Mau, já estou a inventar ou estarei a falar demais?
Eu esqueço-me que nesnte mundo agora não se pode, e nunca se pôde, exprimir o que se pensa sem penalização. Mas o que vale é que a mim ninguém liga a não ser que seja para me cobrar alguma coisa, fazer ameaças - de todo o género e feitio para eu não me sentir entedeada e viver emoções fortes! -, mandar indirectas quanto ao meu comportamento e atitude perante a vida e respectiva, e respeitável, exemplar sociedade em que vivemos, vivo.
Enfim, com excepção dos amigos que são construtivos nas suas críticas construtivas, e que conseguem acompanhar o meu excelso nível de inteligência - desaproveitada por mim mesma para atingir os pincaros do ideal de bem-estar da sociedade moderna e evoluida a todos os níveis, em particular ao nível de valores humanos e humanitários -, foras estes não menos excelsos, poderia dizer que qualquer dia saio à rua e olha, sou fuzilada! . . . nesta moderna e civilizada sociedade de bons valores isso seria impossível, inclusivé, fruto ma minha fértil mas doentia imaginação!
Resumindo e concluindo, a sociedade está podre, o mundo está a caminho do cataclisma e eu ainda tenho a lata desgraçada de gozar com esta merda toda, ainda mais quando não estou em situação de fazer troça do que quer que seja, porque isto que está a acontecer ao mundo não é uma brincadeira! . . . talvez uma pouca vergonha miserável, mas pronto, dias melhores virão . . . pensamento positivo, que é o que a malta precisa, mesmo os miseráveis desprezíveis, filhos da pu... que andam a dar cabo deste mundo magnífico cheio de gente magnífica . . .
Bem, mas antes que dê mais razões a quem quer que seja para eu passar a fazer parte do apagão, é melhor fazer um intervalo entre este mimi-texto e o próximo.  

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Estarei eu de volta?

Hoje, após a rebaldaria de ontem à tarde, passado algumas valentes horas dos pontos de interrogação de ontem, as insónias desde o momento em que apaguei a luz e decidi dormir e os pesadelos quando finalmente adormeci de cansaço de estar acordada, e ainda me ter posto a reflectir sobre muita coisa, cheguei à brilhante conclusão de que o que escrevo agora, muito pouca brioncadeira tem, muita tristreza carrega, muitas lágrimas interiores e poucos sorrisos denota da minha vivência mais recente. Em tom de conclusão, diria que qualquer coisa está a mudar dentro de mim. Estarei a crescer? Estarei a tornar-me responsável? Mas como se ainda faço resistência a um monte, de conhecimento público, de frustrações?
Enfim!
Mas vamos ao que interessa.
Ontem, num local público, onde se come comida japonesa - mais propriamente sushi - self-service, dei por mim a ter um comportamento, que para mim no momento, era uma coisa que não tinha mal absolutamente nenhum, mas que de facto deixaria a brigada dos bons modos, em puro estado de choque. TIREI CONES DE ALGAS COM AS MÃOS!!!!!!!!!
Qual pinças, qual carapuça!!!!! . . . vai da manapla!!!
O meu respectivo envergonhadíssimo "Oh, Ana!!!!! . . . " - entre outras coisas que mostram nítido embaraço e raprovação pelo meu comportamento . . .
Confesso que apenas após ter feito o que fiz, é que REALMENTE vi o que tinha feito!
Mas tudo tem um motivo!!!!! Bolas!!!!!
Ah, para completar o ramalhete, ainda disse que estava com desejos mas que não estava grávida com voz audível - para quem  tivesse a tomar atenção ao que eu estava a dizer, claro! -  depois de ter atascado o meu prato de todo o tipo de rolinhos e continuar preparada para preencher os miseros espacinhos que sobravam no prato, com o famoso porco doce e calamares!
Bem, o meu prato, se não fosse o meu respectivo, iria parecer o monte Fuji no Japão - a Wikipédia explica . . . - mas neste caso seria, não menos óbvio, Monte Sushi . . . sem comentários, eu sei, já tive piadas melhores, reconheço, mas pronto, estou em fase de recuperação . . . ah, e a questão dos erros ortográficos . . . esqueçam . . .
Mas como eu estava a dizer . . . bem, vocês nem calculam o esforço que eu fiz durante 24h para me aguentar e não ir no momento que me deu forte e feio!!! . . . Credo!!! . . . mas também, desforrei-me à grande!
Ah!!!! Já me estava a esquecer - outra vez! . . . tenho que ir fazer psicanálise sobre esta questão! Mas que tenho eu contra os molhos do sushi?. . . ou, que faz com que eu me esqueça duas vezes deles? . . . bem, é um caso a averiguar e a analisar profundamente dado a sua importância. Mas retomando o que estava a dizer antes das divagações àcerca do dilema sobre os molhos do sushi , esqueci-me dos molhos, tal não era a fussanguice pelo sushi!!!
Levantei-me mesmo correndo o risco de levar um rendondo NÃO na cara, e com uma valente lata, cheguei ao pé do rapaz da registadora e perguntei se podia levar molhos, porque me tinha esquecido. Ah, piqueeeno promenor, percorri quase metade do recinto apenas para ir buscar molhos que nos fazem soar no nariz e ficar com a goela a arder e beber 3 litros de coca-cola por causa do sal ou fazer caretas com o doce. . . Enfim, isto há doidos para tudo . . .
Para não bastar, comi quase tudo com as mãos! . . . mas,ai que bem que soube!!!! . . . garanto-vos que me soube mesmo muito bem! . . . comer com as mãos é das melhores coisas que se pode fazer! . . . é libertador de convenções e regras, já para não falar do ar de satisfação de gaiata a fazer o que não deve! . . . mas que bem, que me soube!!! . . . ou, soube mesmo, mesmo bem! . . . mas é que caguei e andei para quem passava!!!!
Não, não lambi os dedos a fazer aqueles barulhos de chupar o molho e a tirar pedacinhos de arroz dos dentes com a língua ou com as mãos enfiadas na boca, não!!! . . . não exagerem!!!
No fim de me ter refastelado e deliciado - literalmente!!! . . . e de facto!!! - com sushi, saiu-me de cá de dentro aquele suspirante e profundamente sentido: "Ai, Ai!!! . . .". Oh! Que monte de arroz enrolado em peixe cru com molhos esquesitos, entre outras coisas, tão divinal!!!
Acho que estava a precisar de uma aventura destas que meteu tudo desde o embaraço à plenitude!
Experimentem em casa . . . não aconselhado a adultos em locais públicos ;)
Estarei eu de volta?
;)

sábado, 14 de agosto de 2010

Ninguém me/nos ouve

Ninguém que seja verdadeiramente me ouve ou sabe que eu e muitos como eu exitimos, ou fingem que não existimos para não incomodarmos!
Somos os chatos, os que incomodam, os que dizemos as verdades que nem nós mesmos queremos ver e ouvir, mexemos nos nossos podres e nos podres dos outros, porque muitos nós temos podres em comum.
Não temos dinheiro e se o tivessemos talvez teriamos exactamente os mesmos podres que os que não nos querem ver nem ouvir, porque incomodamos e pomos os dedos em feridas.
Somos os que estão fartos de ser ignorados, apelamos por um pouco de protagonismo, não para semos protagonistas, mas sim para sermos vistos e ouvidos, para que toda a gente saiba que existimos e que estamos fartos de não ter importância mesmo que tenhamos razão.
Para que serve ter-se razão quando ninguém nos quer ver e ouvir, porque incomodamos com a nossa forma de ver e de ser, porque os nossos defeitos são piores que os defeitos dos que não nos ouvem ou nos vêem? Será que esses têm medo de deixar de ser como são?
Será que é assim tão espectacular fingir que não existimos ou que ainda outros como nós existem?
Não somos lindos nem famosos, não aparecemos nas televisões, não somos estrelas de cinema em ascensão, não somos ricos e não estamos em escandalos públicos, somos apenas pessoas inteligentes cuja beleza exterior e interior suscita a maior inveja nos famosos, nas estrelas de cinema e nas pessoas da escandaleira do momento. Somos quem todos gostavam de ser, mas que ninguém quer ver ou ouvir.
Sim, pregamos aos peixes, para não dizer que os animais de 4 patas são os nossos melhores amigos, porque estão conosco sempre desde que tenhamos uma lata de comida . . . e mesmo que ela não exista logo, esperam e contentam-se com o pedacinho de comida de que dispomos para, com todo o amor e carinho, lhes satisfazermos as necessidades, da mesma forma que eles nos acercam aquando da nossa tristeza.
Somos os filhos do mesmo Deus que deu luz ao mundo, a água de que bebemos, as flores, árvores que dão o oxigénio de que respiramos, os mares e a areia da praia que tantos de nós adoramos sentir nos nossos pés e que nos dá a sensação de liberdade, que nos deu os frutos, o chão que cultivamos e os animais que matamos para sacear a nossa necessidade de proteínas animais, somos filhos do mesmo Deus que nos deu a capacidade de fazer os nossos olhos brilhar perante toda a beleza e emocionarmo-nos com tal benção; somos criaturas pensantes, que gostariam de viver num mundo que foi criado para aprendermos a tirar o proveito da sabedoria que nele ganhamos, sem destruir o que fica com a nossa passagem, porque muitos mais virão, tantos outros continuarão a viver e outros a partir para, quem sabe, regressar e poder continuar a caminhar.